O Auxílio Emergencial do Governo tem criado expectativas e muito descontentamento nos últimos dias.
A razão disso é até bem simples: para muitos autônomos, ao qual o programa está proposto, o valor é muito pouco e está demorando a sair.
O Auxílio que, antes, beirava seus R$200,00, subiu para R$500,00 e estagnou em R$600,00 ainda não possui calendário fixo de repasse, mas, apenas algumas datas sem confirmação.
Segundo o Governo Federal, os cadastros já estão disponíveis, mas, a renda só será liberada após posterior análise que pode demorar entre 2 e 5 dias.
O que é o Auxílio Emergencial?
Auxílio do Governo Emergencial: Como Vai Funcionar (Foto: Reprodução)
Até não muito tempo atrás, um Auxílio Emergencial foi-se discutido para aqueles sem auxílio governamental ou protegidos pela CLT.
Isto é: um valor digno fornecido para aquelas pessoas que precisariam abdicar de seu sustento para manter a quarentena no país.
Mas, foi só depois de muita discussão e ajustes de valores que chegou-se ao resultado de um Auxílio Emergencial no valor de R$600,00, apelidado mais tarde de CoronaVoucher.
Segundo o Ministro da Economia, Onyx Lorenzoni, estimou-se que pelo menos 15 a 20 milhões de brasileiros fossem necessitar do repasse para sobreviver os próximos três meses, já que não haveria até então, uma data fixa para o retorno às atividades normais.
No entanto, a medida provisória foi adiada até o momento em razão da criação de um sistema que pudesse suportar as operações e chegar a todos os brasileiros igualmente.
Foi só ontem (dia 07/04/2020) que a realização dos cadastros foram liberados em site oficial da Caixa ou diretamente no aplicativo, disponível para Android e iOS.
Mas, ainda assim, serão necessários seguir alguns critérios para poder se cadastrar no recebimento do auxílio.
Quem tem direito?
Auxílio do Governo Emergencial: Como Vai Funcionar (Foto: Reprodução)
Segundo nota oficial no site da Caixa, só poderão se cadastrar para o recebimento do auxílio aqueles que:
- Forem maiores de 18 anos (com CPF ativo);
- Não tiverem emprego formal;
- Não estiverem recebendo benefícios do Governo Federal, sejam eles previdenciários, assistenciais, seguro-desemprego ou de repasse de renda, como o Bolsa Família;
- Tenham renda familiar mensal até R$522,50 por pessoa ou até R$3.135,00 no total;
- Não tenham recebido rendimentos tributáveis maiores que R$28.559,70 no ano de 2018; e
- Estejam desempregados ou exerçam funções como Microempreendedor Individual (MEI), trabalhador informal ou contribuinte individual/facultativo do Regime Geral de Previdência Social; e
- Não exercem mandato temporário ou eletivo como funcionário público.
No entanto, algumas exceções foram criadas visando acolher o maior número de pessoas possível.
Uma das mais importantes se refere às mães chefes de família. Isto é: mães, que não possuem companheiro/marido ou que a renda da família seja inteiramente dependente delas.
Para estas, o Governo não dará um auxílio isolado de R$600,00, mas, um no valor de R$1200,00 (duas cotas, o limite estipulado por família).
No entanto, para comprovação do fato, uma análise pode ser requisitada.
Ainda, quem for portador de Cartões Cidadão ou de Cartões Ligados a Programas Sociais do Governo (CadÚnico), deverá preencher uma declaração com a confirmação do exposto acima.
Para aqueles que se encaixam nos requisitos do auxílio e, ainda assim, no Bolsa Família, deverão atentar para os valores.
O valor do repasse será proporcional, mas, se um benefício chocar contra o outro, não há acréscimo, apenas a substituição de um pelo de maior valor.
Como e Quando os repasses do Auxílio Emergencial acontecerão?
Auxílio do Governo Emergencial: Como Vai Funcionar (Foto: Reprodução R7)
Inicialmente, a pretensão do Governo era fazer os repasses para contas únicas criadas pela Caixa, mas, na opção de cadastro, visando poupar tempo e levar o dinheiro mais rápido às pessoas, foi fornecida uma opção de cadastro de uma conta sua.
Seja o Banco Físico ou Digital, basta cadastrar agência, tipo de conta e conta e enviar seu cadastro para análise.
Se aprovado, os repasses acontecerão entre dois ou cinco dias úteis, segundo o calendário.
Em nota, o Governo avisou que quer fazer o repasse dos três meses na metade do tempo. Isto é: em um mês e meio. Mas, a possibilidade ainda está sendo estudada.
Sendo assim, o que ficou decidido até o momento foi a distribuição do seguinte:
Primeira parcela
- Para quem tem cadastro no CadÚnico, não recebe Bolsa Família e tem conta no Banco do Brasil ou na Caixa Econômica Federal, recebe a primeira parcela nesta quinta-feira (9);
- No entanto, para quem não tem conta nesses bancos, o prazo vai para terça-feira da semana que vem (14 de abril);
- Quem não está no Cadastro Único: em 5 cinco dias úteis após inscrição no programa de auxílio emergencial;
- Quem recebe Bolsa Família: últimos 10 dias úteis de abril, seguindo o calendário regular do programa.
Segunda parcela
- Informais, possuem CadÚnico e aqueles que não recebem benefícios: entre 27 e 30 de abril;
- Quem recebe Bolsa Família: últimos 10 dias úteis de maio.
Terceira parcela
- Quem está no Cadastro Único, não recebe Bolsa Família, além dos trabalhadores informais inscritos no programa de auxílio emergencial: entre 26 e 29 de maio;
- Quem recebe Bolsa Família: últimos 10 dias úteis de junho.